Com umidade do ar na média de 17% em Mato Grosso do Sul, os cuidados com a saúde devem redobrados. Nesta terça-feira (18), municípios do Estado estiveram entre os locais mais secos do país. Médico deu dicas e orientações.
Segundo o clínico geral, Dr. Renato Figueiredo, o que mais pode auxiliar a saúde nesse período começa pelo básico: tomar muita água. Uma atenção especial à hidratação é primordial em todas as épocas do ano, mas principalmente quando a umidade do ar está tão baixa.
“Nesse período, é comum sentir dificuldade respirar, sangrar um pouco o nariz. Para algumas pessoas esse tempo pode representar um risco à vida”, explica.
O médico explica que crianças e idosos devem receber atenção redobrada, contando com ajuda de pessoas próximas, por serem grupos que, muitas vezes, esquecem de pegar ou pedir água. Desse modo, é importante ofertar líquidos a tais pessoas, para que eles não deixem de se hidratar.
Os riscos variam muito e afetam as pessoas individualmente. Entretanto, Dr. Renato pontua que aqueles que já possuem quadros de doenças respiratórias, como bronquite, asma e doenças cardiovasculares, podem sofrer mais.
“Se não estiver nem hidratado, qualquer um pode sofrer diminuição na rentabilidade, memória fraca e cansaço, ou seja, hidratação é muito importante nesse momento”,
Cuidados a serem tomados
Além da hidratação, o médico explica que esse não é um momento de se expor a grandes esforços físicos e ao sol. Em casa, bacias d’água e umidificadores podem aliviar um pouco o problema, mas nada se compara à hidratação.
Dr. Renato pontua, ainda, que ao falar de hidratação, é importante lembra de beber especificamente a água e não outros líquidos. Sucos e tereré, por exemplo, podem ser aliados, mas não têm o mesmo efeito da água.
“Muitas pessoas tomam o tereré e realmente acabam ingerindo bastante água, mas ele tem um efeito diurético e então a pessoa acaba indo muito ao banheiro. Então é importante lembrar que água mesmo é o essencial”, explicou.
Com relação à quantidade, a média mínima de água a se tomar é cerca de dois litros. O médico destaca, ainda, que isso é o mínimo, pois perdemos muito líquido ao longo do dia, principalmente neste período.
Tempo seco
Com a umidade tão baixa, Mato Grosso do Sul marcou um novo recorde de menor umidade relativa do ar do ano, com 17%.
A lista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) indica que Costa Rica (17%) e Paranaíba (18%) ocuparam o segundo e o terceiro lugar das cidades mais secas, perdendo posição apenas para Buritirama, na Bahia, com 16%.
Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), uma massa de ar impede a entrada da frente fria, inibindo a formação de nuvens e chuva, estiagem que se prolonga há mais de 20 dias.
Com isso, a umidade relativa do ar varia entre 15 e 45%, níveis abaixo do considerado ideal para a saúde. Portando, a principal recomendação é ingerir bastante água.
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