Após o Ministério Público de Goiás anunciar que dois jogos do Santos são suspeitos de estarem envolvidos em um esquema de manipulação de resultados na Série A do Campeonato Brasileiro de 2022, o Peixe emitiu uma nota oficial reiterando a confiança em seus atletas.
O Alvinegro Praiano afirmou ser "contrário a qualquer envolvimento com manipulação do andamento natural da partida", destacou que preza pela "ética e pela moral do clube" e que não concorda "com atitudes totalmente antidesportivas".
O Santos ainda declarou que não foi procurado pelas autoridades, "mas se coloca previamente à disposição para colaborar com as investigações, certo de que a Justiça será feita".
De acordo com o MP, especula-se que pelo menos cinco partidas da Série A sofreram adulteração de resultados, além de outros cinco jogos de Campeonatos Estaduais. Estão entre eles: o Goiano, o Gaúcho, Mato-Grossense e o Paulista, todos de 2023.
Os promotores presentes na coletiva afirmaram ser impossível cravar se os jogadores, de fato, receberam alguma quantia para adulterarem os resultados. No entanto, confirmaram que houveram propostas de apostadores para os atletas.
Os jogos do Santos ocorreram entre e 36ª e 37ª rodada do Brasileirão. O primeiro deles é no empate de 1 a 1 com o Avaí, no dia 5 de novembro de 2022. Segundo Dr. Fernando Cesconetto, um jogador do Peixe teria sido assediado para receber cartão amarelo naquele duelo. Na ocasião, Luiz Felipe e Rodrigo Fernández saíram amarelados.
Já no dia 10 de novembro, na derrota de 3 a 0 para o Botafogo, um jogador do Santos teria sido assediado para receber cartão vermelho. O zagueiro Eduardo Bauermann foi expulso após o apito final do árbitro.
O MP de Goiás, em parceria com autoridades de outros estados, realizou na manhã desta terça-feira uma operação para cumprir três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados do Brasil.
Os mandados foram expedidos pela Justiça de Goiás e estão sendo cumpridos em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).
As investigações começaram em fevereiro deste ano e, inicialmente, contemplavam somente jogos da Série B. Agora, as suspeitas chegaram à elite do futebol nacional.
Nesta terça-feira (18), o Santos Futebol Clube tomou conhecimento, pela mídia, da segunda fase da Operação Penalidade Máxima, na Série A, e reforça o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer envolvimento com manipulação do andamento natural da partida.
Reiteramos confiança total em nossos atletas, prezamos pela ética e pela moral do Clube e não concordaremos com atitudes totalmente antidesportivas.
Até o momento, o Santos não foi procurado pelas autoridades, mas se coloca previamente à disposição para colaborar com as investigações, certo de que a Justiça será feita. O Santos acompanhará o caso e aguardará as conclusões para se pronunciar a respeito, caso seja necessário.
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